O bater de asas
Sara era uma jovem muito inteligente, bonita e muito corajosa. trabalhava até as onze da noite, e não tinha medo algum em pegar seu carro tarde da noite e voltar
sozinha pelas estradas escuras da cidade até sua casa a quase cinquenta quilômetros da empresa onde trabalhava.
Ela ligava o som do carro e cantava suas músicas favoritas enquanto dirigia, sentindo-se bem confortável e leve depois de um longo dia de trabalho. Ela não tinha
medo de nada, era valente e andava armada pra caso alguém tentasse lhe fazer algum mal. Mas essa sua coragem diminuiria em uma certa noite.
Certa noite, Sara estava voltando tranquilamente para casa cantando suas músicas favoritas em seu carro. Porém, ela sentiu necessidade de ir ao banheiro, mas ela
estava em uma estrada longa cercada de matos e não tinha como. Mas ela estava muito apertada, e como ela era uma pessoa prudente e não gostava de ultrapassar os
limites de velocidade estabelecidos pelas placas, ela resolveu parar o carro no meio da estrada.
Sara saiu do carro cautelosamente e pegou o grande facão que carregava consigo, e com ele, ela entrou na mata para fazer xixi. Ela estava se sentindo super segura,
de nada tinha medo, sua única apreensão era se caso aparecesse algum animal selvagem ali, como ela iria se defender? Mas ela precisava fazer aquilo.
Abaixou-se no meio do matagal e começou a se aliviar, atenta a qualquer som que a deixasse em alerta. Suspirou após terminar e pensou para si mesma: "Pronto, Sara!
Está tudo bem!" E assim, ela voltou para o carro para continuar a viagem.
Porém, tamanho foi o seu pavor ao virar a chave do carro e este, por algum motivo, não queria pegar. Era assustador aquele som no meio do nada, de um carro que
não queria funcionar. Ela virava, virava, virava e nada do carro pegar.
- Droga!
Ela exclamou, saindo do carro para ver o que estava acontecendo. Ela olhou o carro, e não encontrou nada que pudesse estar causando o problema. Sara então, volta
para dentro do veículo e tenta mais três vezes, e o carro finalmente pega. Ela suspira de alívio e sai daquele lugar estranho.
Porém, uns cem metros à frente, o carro começa a falhar novamente e para. Foi nessa hora que Sara pode perceber um som no banco de trás do seu carro. Parecia de
alguém que estava respirando pesadamente. Ela segura firme no cabo da faca e olha para trás. Não há ninguém.
Ela então, concentra-se em fazer o carro pegar, e novamente ela ouve aquela respiração pesada, agora, próxima ao seu ombro. Subitamente ela olha para trás, e...
Nada. Sara começa a ficar apreensiva. Pela primeira vez, o medo começa a tomar conta de si naquele trajeto que ela tanto está acostumada a fazer. Ela então suspira,
e volta-se para frente para fazer o bendito pegar, e outra vez, ela sente a respiração, agora perto de seu rosto. Desta vez, ela pôde sentir um vapor quente e fétido
que a fez soltar um gemido de susto e virar subitamente para trás, para mais uma vez, não haver nada lá.
Sara decide ligar as luzes do carro e olhar bem se não tinha algum indivíduo escondido atrás dos bancos, sem sucesso. Não havia nada lá. estava ela, somente ela
dentro daquele carro, então, quem poderia estar respirando cada vez mais próximo dela?
Mas, como aquilo que está ruim tende a piorar, foi o que aconteceu. O medo de Sara virou pavor quando ela ouviu algo arranhar o motor do carro. Pareciam garras
que pareciam estar raspando o motor, e poucos segundos depois, o que quer que estivesse arranhando o motor, começou a chacoalhar o carro parecendo querer virá-lo.
Sara começou a gritar por socorro, mas a estrada era muito deserta e ninguém poderia lhe ouvir.
Então, ela juntou a pouca coragem que lhe restara e saiu do carro e resolveu olhar pra ver se ela conseguia ver o que estava embaixo do carro assustando-a. Com
a lanterna de seu celular, ela começou a olhar, e tamanho foi o seu pavor quando ela viu, saindo de baixo do carro um braço peludo e magro, com uma mão também peluda
com unhas pretas e grandes que se rastejava em direção ao seus pés. Sara correu, e viu quando um corpo magro e peludo, parecendo possuir uma calda e uma cabeça de
cobra saiu de baixo do carro e começou a persegui-la pela estrada.
Sara correu gritando por socorro, e vendo que ninguém a ouviria, ela entrou na mata e subi u o mais alto possível em uma árvore e ficou lá, quieta, atenta a qualquer
barulho. A escuridão era absoluta, tão absoluta que ela não notou a coisa desengonçada esticando seus braços magros e peludos pelos troncos e subindo lentamente
na árvore. Ela sentiu uma mão peluda agarrar sua perna e gritou muito alto. A terrível mão estava tentando lhe puxar para baixo e estava quase conseguindo quando
Sara puxou sua faca e golpeou o que seria o focinho daquilo, e aquilo deu um grito agudo e assustador, largando-a logo em seguida, e o silêncio voltou a reinar.
Sara já não sabia o que fazer. Não sabia se voltava para o carro para tentar ir embora, ou se amanheceria ali, naquela árvore. Foi quando ela sentiu aquela respiração,
a mesma de dentro de seu carro agora em sua nuca. Ela olhou pra trás, e seus olhos, já acostumados com a escuridão, viu aquela coisa, com asas gigantescas. Tamanho
foi o seu pavor ao descobrir que aquilo tinha a capacidade de voar e estava ali, prestes a lhe pegar. Sara não pensou duas vezes. Pulou da árvore e correu sem direção
alguma pela rua, ouvindo um bater frenético de asas atrás dela. Foi quando uma luz forte virou a esquina e quase a cegou. Ela ouviu o som forte de uma buzina e uma
freada violenta. era um caminhoneiro que quase a atropelou:
- Ei moça, a senhora tá bêbada ou o quê? Por que está correndo pela estrada a essa hora?
Sem graça, Sara não sabia o que dizer, apenas apontou para uma direção e o caminhoneiro pôde ver aquilo. estava pousado no topo de uma árvore, com as asas abertas
e duas mãos peludas e unhas grandes penduradas na frente do corpo. rapidamente, o caminhoneiro abriu a porta e Sara se jogou no caminhão, e os dois correram muito
pela estrada até pararem em um posto de gasolina. Lá, Sara e o caminhoneiro contaram o que aconteceu com eles para os poucos funcionários que lá haviam, e um homem
com a cabeça totalmente branca e olhos cansados, olhou para eles e disse:
- Essa coisa se alimenta de medo e escuridão. Na próxima vez que vocês passarem nessas estradas e verem essa criatura, não tenha medo. Diga três vezes que você não
tem medo dela e ela o deixará em paz. Acenda o máximo de luz possível e diga que você não tem medo, ela irá embora.
Sara e o caminhoneiro
passaram a noite ali, e pela manhã, o homem a deixou onde estava o seu carro, e este milagrosamente voltou a funcionar. Ela se despediu, agradeceu e foi embora.
Mesmo depois de tudo isso, Sara continuou naquele trajeto. Isso fortaleceu a sua coragem. Ela agora andava com as luzes do carro acesas, cantava e se distraía,
e aquilo nunca mais apareceu. Mas vez ou outra, quando ela parava o carro em algum sinal ou abaixava o som, ela podia ouvir, bem nas profundezas daquelas matas,
aquele bater assustador de asas, e um grunhido que mais parecia um profundo respirar. Ela continha o medo, acendia o máximo de luz possível e passava, e nada mais
lhe aconteceu.
E você? Faria o mesmo? Você gostaria de ter sua coragem testada por essa coisa meio ave e meio rasteiro? Por isso cuidado com o bater de asas nas estradas a noite.
Pode ser a criatura querendo testar você.
sozinha pelas estradas escuras da cidade até sua casa a quase cinquenta quilômetros da empresa onde trabalhava.
Ela ligava o som do carro e cantava suas músicas favoritas enquanto dirigia, sentindo-se bem confortável e leve depois de um longo dia de trabalho. Ela não tinha
medo de nada, era valente e andava armada pra caso alguém tentasse lhe fazer algum mal. Mas essa sua coragem diminuiria em uma certa noite.
Certa noite, Sara estava voltando tranquilamente para casa cantando suas músicas favoritas em seu carro. Porém, ela sentiu necessidade de ir ao banheiro, mas ela
estava em uma estrada longa cercada de matos e não tinha como. Mas ela estava muito apertada, e como ela era uma pessoa prudente e não gostava de ultrapassar os
limites de velocidade estabelecidos pelas placas, ela resolveu parar o carro no meio da estrada.
Sara saiu do carro cautelosamente e pegou o grande facão que carregava consigo, e com ele, ela entrou na mata para fazer xixi. Ela estava se sentindo super segura,
de nada tinha medo, sua única apreensão era se caso aparecesse algum animal selvagem ali, como ela iria se defender? Mas ela precisava fazer aquilo.
Abaixou-se no meio do matagal e começou a se aliviar, atenta a qualquer som que a deixasse em alerta. Suspirou após terminar e pensou para si mesma: "Pronto, Sara!
Está tudo bem!" E assim, ela voltou para o carro para continuar a viagem.
Porém, tamanho foi o seu pavor ao virar a chave do carro e este, por algum motivo, não queria pegar. Era assustador aquele som no meio do nada, de um carro que
não queria funcionar. Ela virava, virava, virava e nada do carro pegar.
- Droga!
Ela exclamou, saindo do carro para ver o que estava acontecendo. Ela olhou o carro, e não encontrou nada que pudesse estar causando o problema. Sara então, volta
para dentro do veículo e tenta mais três vezes, e o carro finalmente pega. Ela suspira de alívio e sai daquele lugar estranho.
Porém, uns cem metros à frente, o carro começa a falhar novamente e para. Foi nessa hora que Sara pode perceber um som no banco de trás do seu carro. Parecia de
alguém que estava respirando pesadamente. Ela segura firme no cabo da faca e olha para trás. Não há ninguém.
Ela então, concentra-se em fazer o carro pegar, e novamente ela ouve aquela respiração pesada, agora, próxima ao seu ombro. Subitamente ela olha para trás, e...
Nada. Sara começa a ficar apreensiva. Pela primeira vez, o medo começa a tomar conta de si naquele trajeto que ela tanto está acostumada a fazer. Ela então suspira,
e volta-se para frente para fazer o bendito pegar, e outra vez, ela sente a respiração, agora perto de seu rosto. Desta vez, ela pôde sentir um vapor quente e fétido
que a fez soltar um gemido de susto e virar subitamente para trás, para mais uma vez, não haver nada lá.
Sara decide ligar as luzes do carro e olhar bem se não tinha algum indivíduo escondido atrás dos bancos, sem sucesso. Não havia nada lá. estava ela, somente ela
dentro daquele carro, então, quem poderia estar respirando cada vez mais próximo dela?
Mas, como aquilo que está ruim tende a piorar, foi o que aconteceu. O medo de Sara virou pavor quando ela ouviu algo arranhar o motor do carro. Pareciam garras
que pareciam estar raspando o motor, e poucos segundos depois, o que quer que estivesse arranhando o motor, começou a chacoalhar o carro parecendo querer virá-lo.
Sara começou a gritar por socorro, mas a estrada era muito deserta e ninguém poderia lhe ouvir.
Então, ela juntou a pouca coragem que lhe restara e saiu do carro e resolveu olhar pra ver se ela conseguia ver o que estava embaixo do carro assustando-a. Com
a lanterna de seu celular, ela começou a olhar, e tamanho foi o seu pavor quando ela viu, saindo de baixo do carro um braço peludo e magro, com uma mão também peluda
com unhas pretas e grandes que se rastejava em direção ao seus pés. Sara correu, e viu quando um corpo magro e peludo, parecendo possuir uma calda e uma cabeça de
cobra saiu de baixo do carro e começou a persegui-la pela estrada.
Sara correu gritando por socorro, e vendo que ninguém a ouviria, ela entrou na mata e subi u o mais alto possível em uma árvore e ficou lá, quieta, atenta a qualquer
barulho. A escuridão era absoluta, tão absoluta que ela não notou a coisa desengonçada esticando seus braços magros e peludos pelos troncos e subindo lentamente
na árvore. Ela sentiu uma mão peluda agarrar sua perna e gritou muito alto. A terrível mão estava tentando lhe puxar para baixo e estava quase conseguindo quando
Sara puxou sua faca e golpeou o que seria o focinho daquilo, e aquilo deu um grito agudo e assustador, largando-a logo em seguida, e o silêncio voltou a reinar.
Sara já não sabia o que fazer. Não sabia se voltava para o carro para tentar ir embora, ou se amanheceria ali, naquela árvore. Foi quando ela sentiu aquela respiração,
a mesma de dentro de seu carro agora em sua nuca. Ela olhou pra trás, e seus olhos, já acostumados com a escuridão, viu aquela coisa, com asas gigantescas. Tamanho
foi o seu pavor ao descobrir que aquilo tinha a capacidade de voar e estava ali, prestes a lhe pegar. Sara não pensou duas vezes. Pulou da árvore e correu sem direção
alguma pela rua, ouvindo um bater frenético de asas atrás dela. Foi quando uma luz forte virou a esquina e quase a cegou. Ela ouviu o som forte de uma buzina e uma
freada violenta. era um caminhoneiro que quase a atropelou:
- Ei moça, a senhora tá bêbada ou o quê? Por que está correndo pela estrada a essa hora?
Sem graça, Sara não sabia o que dizer, apenas apontou para uma direção e o caminhoneiro pôde ver aquilo. estava pousado no topo de uma árvore, com as asas abertas
e duas mãos peludas e unhas grandes penduradas na frente do corpo. rapidamente, o caminhoneiro abriu a porta e Sara se jogou no caminhão, e os dois correram muito
pela estrada até pararem em um posto de gasolina. Lá, Sara e o caminhoneiro contaram o que aconteceu com eles para os poucos funcionários que lá haviam, e um homem
com a cabeça totalmente branca e olhos cansados, olhou para eles e disse:
- Essa coisa se alimenta de medo e escuridão. Na próxima vez que vocês passarem nessas estradas e verem essa criatura, não tenha medo. Diga três vezes que você não
tem medo dela e ela o deixará em paz. Acenda o máximo de luz possível e diga que você não tem medo, ela irá embora.
Sara e o caminhoneiro
passaram a noite ali, e pela manhã, o homem a deixou onde estava o seu carro, e este milagrosamente voltou a funcionar. Ela se despediu, agradeceu e foi embora.
Mesmo depois de tudo isso, Sara continuou naquele trajeto. Isso fortaleceu a sua coragem. Ela agora andava com as luzes do carro acesas, cantava e se distraía,
e aquilo nunca mais apareceu. Mas vez ou outra, quando ela parava o carro em algum sinal ou abaixava o som, ela podia ouvir, bem nas profundezas daquelas matas,
aquele bater assustador de asas, e um grunhido que mais parecia um profundo respirar. Ela continha o medo, acendia o máximo de luz possível e passava, e nada mais
lhe aconteceu.
E você? Faria o mesmo? Você gostaria de ter sua coragem testada por essa coisa meio ave e meio rasteiro? Por isso cuidado com o bater de asas nas estradas a noite.
Pode ser a criatura querendo testar você.
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