O dia em que Minha filha nasceu

Era para ser mais um dia comum para Eduardo, que acordava às quatro da
manhã para ir trabalhar. Ele trabalhava como porteiro em uma loja e
pegava às sete e ia até às quatro da tarde.
  Aquele era para ser apenas mais um dia. O despertador tocou, Eduardo
tomou um banho, se arrumou e saiu pelas madrugadas escuras onde só a
sintonia dos grilos e os cachorros latindo ao longe podia ser ouvido
àquelas horas. E o que era mais comum, os grilos e os cachorros, nada
mais. Mas, naquela madrugada foi diferente para Eduardo. Lá estava ele,
andando ouvindo a sintonia dos grilos e dos cachorros quando ele ouve um
som diferente. Era um gemido. Um gemido de mulher. Ele ficou assustado e
ao mesmo tempo sentiu medo, mas apesar do gelo na espinha ele parou e
prestou mais atenção. Era um gemido ofegante de quem estava sofrendo.
Eduardo, apesar de estar sentindo medo, ele era um homem corajoso e, se
tratando de uma mulher, seu coração falava mais alto.
  Então ele foi andando em direção àquele gemido e a encontrou, atrás de
um carro, nua da cintura para baixo e de cócoras. Eduardo parecia
surpreso. Ele... Ele conhecia aquela mulher:
- Alícia?
A mulher também pareceu surpresa, mas, entre gemidos, ela só conseguiu
dizer:
- Edu... Minha filha vai nascer!
O homem se assusta:
- Calma, calma! Você... Você deveria está no hospital, não?
A mulher tenta falar, mas não conseguiu dizer uma palavra, apenas gemeu
de dor:
- Calma.
Ele diz, agora agachando ao lado dela, abraçando-a pela cintura:
- O que é que eu faço com você?
- Me leva pro hospital! Por favor me leva pro hospital! aaai!
Ela grita, e Eduardo ver sangue:
- Alícia, não vai dar tempo, vai ter que ser aqui mesmo.
- Não não não não, não!
- Calma, eu vou ligar para alguém, eu vou ligar para a ambulância e vou
ver o que eles podem fazer.
Eduardo senta no chão e apoia a mulher em seu colo:
- Quando vier a dor, você só segura em mim, e não hesite em fazer força,
tá?
- Aaaah! Aaaaah!
Ela grita, sua respiração estava ofegante:
- Respira fundo, calma, eu tô ligando!
A mulher estava ofegante nos braços do homem. Uma mulher atende o
telefone:
- Alô, aqui é o Eduardo, é que eu estava saindo para trabalhar agora e
encontrei uma mulher aqui na rua em trabalho de parto, ela tá sangrando
e sentindo muitas dores.
A atendente pediu o endereço, e depois de obtê-lo, ela disse:
- Olha senhor, enquanto a gente não chega, o senhor pode ajudar
segurando a mão dela e mandando-a fazer força, só faça isso, e caso o
bebê coloque a cabeça para fora, não o deixe cair com a cabeça no chão.
A mulher geme, e deixa Eduardo mais desesperado:
- Por favor, venham rápido, ela tá aqui passando mal, eu estou com medo!
- Não, olha só. O senhor fica calmo que eu já estou mandando um carro
aí, viu?
- Aaaah! Aaaai, não vai dá tempo!
Dizia a mulher, gemendo:
- Ela tá dizendo que não vai dá tempo!
A mulher começa a fazer força:
- meu deus, está saindo sangue!
- Senhor, mantenha-se calmo, o senhor precisa passar tranquilidade para
ela!
- Segura aqui no meu braço, pode segurar.
Eduardo diz, e a mulher assim fez. Segurou, e fez força. Enquanto fazia
força, a mulher abria mais as pernas, pressionando o corpo de Eduardo
que estava com ela no colo:
- Aaaai!
Gemia a mulher, fazendo a atendente do outro lado perguntar, com voz
preocupada:
- Eu já mandei o carro até aí, acabei de fazer a solicitação. mas
senhor, eu queria fazer uma pergunta. Como é que ela tá?
- Como assim?
Ele perguntava, enquanto ouvia Alícia ofegante em seus braços:
- Ela está deitada no meu colo e eu estou sentado no chão:
A mulher volta a fazer força, e deixou escapar um grito ainda mais alto,
e mais uma vez, a perna pressionava o homem contra a parede enquanto uma
de suas mãos apertava seu braço que estava em volta de sua cintura:
- Só olha pra ver se o bebê não está saindo, não deixa ele cair!
- Huuuuuuuuaaaaaaaaa!!! Aaaaai!!!
Gemia a pobre mulher, gritando entre os dentes, embora às vezes ela não
conseguisse evitar o grito, mas era o que ela tentava fazer. parecia
tímida, não queria gritar tanto em meio àquela madrugada silenciosa:
- Deixe ela ficar na posição que ela melhor preferir, mas penso que se
ela estivesse de cócoras seria melhor.
- Alícia, a moça tá falando que talvez, se você ficasse de cócoras
seria melhor. Você quer ficar?
- Não.
Ela responde, ofegante, porém, um pouco mais calma:
- A dor passou?
- Passou, mas ela vai e volta!
E foi só ela terminar a frase para voltar a gemer e fazer aquela força:
- Eita, acho que eu estou vendo a cabeça do bebê! Droga, por que que
esse carro não chega logo? A mulher vai ter o filho numa calçada atrás
de um carro?
- Preocupe em ajudá-la, ok, senhor?
- Aaaaai, aaaaaaah!
- mande-a fazer força!
Disse a atendente do outro lado ao ouvir os gemidos da mulher:
- Faz força, Alícia, vai!
- Senhor, mande-a fazer força apenas quando vier a contração. Quando
vier a contração, peça que ela apenas faça força, mas se ela não estiver
sentindo contração, peça que respire fundo para levar oxigênio para o
bebê e quando vier a vontade de fazer força, que ela aproveite esse
momento, entendeu?
Ele ia dar o recado, mas a mulher novamente estava fazendo força:
- O bebê desceu mais!
- Muito bem.
Disse a atendente do outro lado:
- percebo que ela está bastante ofegante, peça para ela não se esforçar
muito senão ela não vai ter força para empurrar o bebê.
- calma aí, só um minuto.
Disse Eduardo para a atendente:
- Alícia, quando vier a contração, apenas faça a força, ok?
- Tá.
Ela responde, ofegante:
- Você está sentindo contração agora?
- Não.
Ela responde, ofegante:
- Então, aproveita e respira fundo.
Ele dizia, e Alícia assim fez:
- Exatamente, senhor! Quando vier a contração, mande-a aproveitar e
fazer força, viu?
Alícia volta a fazer força:
- isso isso isso isso isso, isso, força, força, força, força, força,
força! Isso!
Ele dizia, enquanto ouvia a mulher gemer e voltar a ficar ofegante:
- Tá doendo demais!
Ela diz:
- Eu sei, mas você precisa ser forte!
Ela volta a fazer força:
- Isso isso isso, isso Alícia, faz força! Caramba, o bebê tá quase
saindo! Faz força! Não para, faz força, Alícia!
- Aaaaaaah!
Ela grita, e volta a ficar cansada:
- Respira fundo.
Ela obedece:
- Isso, respira fundo e empurra forte que eu acho que agora vai.
Ela faz força e grita:
- Vai vai vai vai vai, vai, vai! Mais um pouco, Alícia, vai!
Ela grita:
- Tá saindo, vai!
Eduardo deixa o telefone cair no chão e ampara a mulher:
- Não deixe ela cair, Edu, por favor!
Dizia a mulher, no auge de sua dor:
- Não vou deixar, vai, empurra que ela tá aqui já!
Luzes já podiam serem vistas ao longe. Era a ambulância que estava
chegando para socorrer Alícia:
- Vai, empurra!
A mulher então, grita. Depositou todas as suas forças naquele grito sem
notarem a aproximação da ambulância. Só notaram depois que Alícia parou
de gritar, dando lugar a um choro. estava nas mãos de Eduardo, uma nova
vida:
- Nasceu, Alícia.
Ele dizia, aos prantos:
- Meu deus, eu fiz um parto!
Ele pega o telefone no chão, porém, antes de colocá-lo no ouvido, ele
ouve a sirene. A ambulância chegou e levou mamãe e bebê para o hospital.
  Eduardo ligou para o trabalho e informou que não iria. depois de tudo
que aconteceu, ele não teria cabeça para se concentrar em seu trabalho.
Seu chefe era bastante compreensivo e lhe deu aquele dia para que ele
pudesse visitar a mamãe e o bebê que ele ajudou a nascer.
  Horas depois, todo mundo já estava sabendo da aventura de Eduardo e
foram lhe parabenizar pelo feito:
- Sua mãe me contou.
Disse um velho amigo de Eduardo:
- Vai visitar ela, cara?
Ele continua a perguntar:
- Acho que sim. Quero saber como está ela e o bebê.
Ele responde, parecia cabisbaixo:
- O que foi, Eduardo? Você não parece estar feliz por ter socorrido sua
amada!
- Para com isso, heuein!
- ah, fala sério! Vai dizer que você não ficou ressentido, doido para que
fosse seu aquele filho?
- mas não é. O fato é que ela me trocou por outro cara, engravidou de outro cara
e eu só ajudei porque ela estava precisando, assim como fiz com ela,
faria por qualquer outra por aí.
E após dizer isso, Eduardo lhe virou as costas:
- Revoltado!
Brincou o amigo, retirando-se do local.
  Horas mais tarde, já por volta das dez da manhã, Eduardo foi até o
hospital saber como estava mamãe e filhinha que ele havia socorrido
àquela madrugada e a informação que recebeu era de mamãe e filhinha
passavam bem, e que Alícia estava no quarto com sua bebezinha:
- Quer vê-la?
Eduardo fica pensativo:
- Ela tá com quem?
- Por enquanto veio a mãe dela somente. Ficou aí com ela assim que ficou
sabendo, mas foi para casa, acredito que foi buscar roupas para a moça e
fraldas para o bebê.
- Tá eu... Eu vou vê-la.
Eduardo foi conduzido até uma sala e abriu a porta. Lá estava Alícia, e
ao seu lado em um bercinho dormia a pequena garotinha de pele rosadas e
coxas roliças, vestida elegantemente em um macacão rosa:
- Oi, Edu!
- Oi, Alícia.
Ele diz, se aproximando do berço. Olhou a menina e teve pena de
incomodar seu sono. Então ele se vira para Alícia e segura sua mão:
- Quero te agradecer por tudo que você fez por mim e pela minha filha.
- Faria por qualquer outra mulher que eu encontrasse na mesma situação
que você.
Alícia suspira:
- Obrigada. Você é realmente um homem muito gentil.
- Eu vou indo lá.
- Você não vai nem pegar a Clarinha no colo? Pega ela um pouco, Edu!
Ele olha para o berço e pensa consigo:

"Clarinha! Esse era o nome que eu sempre disse que colocaria em nossa
filha. Agora, ela engravida de outro cara e dá o nome que eu escolhi para
a minha filha com ela."

Uma lágrima cai dos olhos de Eduardo:
- Pode pegar ela, Edu. Eu deixo.
Ele se aproxima do berço, olha o bebê e a toma em seus braços. Tocou a
pele macia de seu rosto, tocou suas mãozinhas que estavam firmemente
fechadas e fitando o rostinho daquele neném, ele sente as lágrimas
umidesserem seus olhos ao imaginar que aquele poderia ser fruto de seu
amor com Alícia:
- É linda, né?
Ela o tira do devaneio:
- É sim. Linda mesmo. Parabéns pra vocês.
Ele coloca a recém-nascida novamente no berço e olha para Alícia:
- Vou indo nessa. Acredito que logo logo o papai desse bebê lindo estará
aí e eu acho que ele não vai gostar de me ver aqui. Tchau, Alícia. E
parabéns pelo bebê.
Ele anda até a porta, e quando ele colocou a mão na fechadura:
- Edu!
Ele olha para Alícia, logo após o chamado:
- A Clarinha, Edu. Ela é sua filha.
- O quê?
Ele se espanta:
- Ela não é filha do Evandro. Ela é sua filha.
- O que... O que que você está dizendo?
- Veja bem, eu sei que é muito difícil pra você entender, mas eu posso
explicar.
- E como é que eu vou acreditar em você? Você acha que eu esqueci as
suas mentiras?
- Existe exame de DNA pra isso. Você acha que se eu estivesse mentindo
eu estaria sugerindo isso pra você?
Ele fica em silêncio:
- Eu estava grávida. No dia que você descobriu, no dia que você viu
aquele beijo meu com o Evandro, eu já estava grávida. Estávamos apenas
ficando na época, eu nunca tinha passado uma noite sequer com o Evandro.
- E por que que você não me contou?
- E você ia acreditar? Você agiu como qualquer homem traído no seu lugar
agiria, ficou nervoso e disse que não queria mais olhar na minha cara,
eu apenas entendi.
- Eu sei, mas porque que você não me contou antes?
- Porque eu só descobri depois do que aconteceu. Você não queria mais
olhar na minha cara, quanto mais acreditar que eu estava esperando um
filho teu. Eu estava grávida de um mês.
- Eu não acredito em você.
Ele diz:
- É um direito que você tem, mas me permita ao menos te contar toda a
história pra depois você dizer se acredita ou não, tá ok?
Ele suspira:
- Eu me mudei e fui morar com o Evandro. Nem a minha mãe foi a favor do
meu namoro com ele. Esperei um tempo e depois sim, eu disse que estava
grávida, porém, ele já foi perguntando quem era o papai. O Evandro é
estéril, Edu. Ele tem uma filha de dezesseis anos e fez essa vasectomia,
ele não pode mais, sabe? E daí eu falei a verdade, que eu já tinha
descoberto a gravidez, mas que você não ia querer saber e daí ele
disse olha, eu até posso assumir esse filho teu, mas com uma condição:
Não quero que você vá atrás do teu ex pra nada. Você escolhe se você
quer eu ou ele para ser o pai do teu bebê. Ele disse que se eu o
contrariasse que ele ia me despejar na casa da minha mãe que ele não ia
ficar com uma mulher de bucho cheio que nem dele era. Eu não concordei
muito com a ideia mas deixei passar. Fez três meses, quatro, cinco, seis,e ele arcou com tudo. mas já no final da gestação, por volta dos sete
para oito meses eu falei com ele que eu não achava justo minha filha
ser registrada por outro homem. Homem este que nem pai era e a gente
teve uma briga muito feia. Ele falou que ia me largar, que não ia pagar
mais nada pra mim e que eu ia ter o filho dentro de uma caçamba de
lixo.
- E a sua mãe? Por que você não procurou a sua mãe?
- eita, ele e minha mãe não se batiam, nunca se bateram. Toda vez que eu
ligava pra ela, ele achava que eu estava arranjando uma maneira de te
ligar pra falar da gravidez ou até mesmo pra voltar contigo de novo.
- O que que uma mentira não faz, né?
Eduardo diz:
- mas eu voltei para a casa da minha mãe. Voltei antes de ontem e tive
uma discussão feia com ela. Ela jogou tudo na minha cara, disse que eu
nunca deveria ter mentido, me obrigou a te procurar e contar tudo pra
você e eu disse que não ia fazer. Aí o Evandro foi bater lá na casa da
minha mãe, perguntou se eu ia voltar pra casa, minha mãe disse que eu
não ia, e ele mandou minha mãe calar a boca que quem ia decidir sou eu,
e daí eu fiquei estressada e falei que não ia sair para lugar nenhum e
pronto. E foi assim que meu relacionamento com ele terminou. E foi na
madrugada de antes de ontem para ontem que eu comecei a passar mal. ia
no médico, nunca tava na hora e aí eu dormi, acordei, e a dor ia só
aumentando, não estava falando direito com minha mãe então resolvi eu
sair de madrugada para ir num médico sozinha, mas quem disse que eu
consegui? Nasceu ali mesmo, nos seus braços.
Eduardo chora:
- Por que que você fez isso comigo, Alícia?
- Você não ia acreditar, Edu!
- Mas você nunca deveria ter me traído! Você me traiu. Se você não
tivesse me traído, nós dois teríamos curtido essa gravidez juntos. Tá
certo, eu não ia ter condições de pagar hospital particular pra você,
mas eu seria o mais presente possível.
- Eu errei, Edu. Errei muito com você, eu quis me aventurar e te
confesso que foi o pior erro da minha vida. Hoje eu não tenho mais o
Evandro, apenas minha filha, aliás, nossa filha. Você não precisa me
aceitar de volta, mas será que pelo menos a sua filha você pode
registrar?
- Só depois de um exame de DNA. Você é muito mentirosa, Alícia, eu não
vou dar meu nome para uma criança que eu não tenho uma certeza de
realmente ser minha filha, eu não consigo acreditar no que você diz.
- Tá bom, que assim seja. Vamos solicitar o exame e daí você vai saber.
  No dia seguinte, Alícia estava em casa. Sua mãe estava lhe ajudando e,
mesmo ainda sem o resultado dos exames, Eduardo resolveu ajudar. Comprou
fraldas e entregou nas mãos de Alícia. E pouco tempo depois, saiu o
resultado do exame que confirmava a paternidade de Eduardo, que ficou
super feliz, apesar de descobrir que havia sido pai em última hora, mas
isso era o que pouco importava:
- Fico super feliz que pelo menos o seu sobrenome você deu para a nossa
filha, isso já me deixa super feliz. Eu nunca quis atrapalhar sua vida,
afinal, eu nunca neguei o meu erro com você. Aliás, eu posso te
confessar uma coisa? Esse foi o pior erro que eu cometi na minha vida,
ter traído você. Mas, eu não quero mais atrapalhar sua vida, acho que eu
já te atrapalhei demais, o que eu queria você já fez, que era pelo
menos registrar sua filha já que até o direito de vê-la crescer dentro
de mim eu te tirei. De sentir mexer...
- Alícia!
Ele a interrompe:
- Você... Você quer casar comigo?
Ela fica assustada:
- Eu te amo, mulher. Da mesma forma que você nunca negou o seu erro
comigo, eu nunca consegui negar o meu amor por você. Tá certo, eu sofri
muito com aquela traição, eu sofri muito com a sua partida, mas parece
que a Clarinha veio pra juntar nós dois. Você quer casar comigo?
Eles se abraçam, e aos prantos, Alícia diz:
- Eu também te amo, eu sempre te amei. Acho que foi por isso que eu
decidi ficar quando o Evandro foi me buscar na casa da minha mãe. Eu
sempre amei você mas nunca esperava que eu teria mais uma chance.
- Todo mundo merece uma segunda chance. Nós somos seres humanos, Alícia.
Você errou, você me magoou bastante, confesso. Mas o nosso destino é ao
lado um do outro. O destino te trouxe para mim no dia em que a nossa
filha nasceu para que eu pudesse entender que o meu lugar é ao seu lado.
E foi assim que Eduardo e Alícia casaram, e puderam criar juntamente o
fruto daquele amor. E dois anos depois,, Alícia estava dando a luz outra
vez, só que desta vez em uma sala de parto. Ela deu a luz a um menino
que foi chamado pelo casal de Davi. Era só alegria. Eram uma família
feliz. Eduardo não mais se arrependeu de ter depositado outra vez a
confiança em Alícia. Era nítido nos olhos dela o tamanho amor que ela
sentia por ele. era uma excelente mãe e uma excelente esposa, e Eduardo
continuou sempre um homem dedicado ao trabalho e, agora, à família.
  Ele continuava acordando às quatro e saía no silêncio da madrugada
ouvindo a sintonia dos grilos e dos cachorros latindo ao longe. Cenário
este que sempre o levava naquele dia. O dia em que sua filha nasceu...

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