o renascer criativo
Ressuscitar este blog não estava em meus planos. Por tantos caminhos percorri, de tantas formas tentei, e olha onde estou?
bem.
me deixe respirar um pouco. E respire você também porque lá vem história.
Se você reparar, minha última postagem antes dessa foi de alguns anos atrás. Dois mil e vinte, se eu não estiver enganada. Depois disso? Bem. Depois disso, este humilde cantinho mergulhou em um silêncio quase mortal. Mas não era um adeus. Era um até logo.
desde que parei de escrever aqui eu nunca mais produzi algo novo além da áudionovela que sim, até este exato momento ainda está em andamento. Me dediquei a fazer cursos e tentar outros caminhos, pois, eu precisava ser alguém porquê... Escritora? Não era futuro. Era um sonho fora da minha realidade.
pagar uma editora não cabia em meu orçamento. Ouvi dizer que precisaria de um patrocinador, alguém que apostasse em mim se quisesse realizar este sonho. mas o patrocinador nunca chegou.
Tinha dez anos de idade quando comecei a escrever e a descobrir que tinha esse dom. passei toda a minha adolescência pensando e falando em publicar livros. Mas o ensino médio estava terminando e a sociedade cobrou. O mundo cobrou. Eu precisava... Ser.
Então, a minha jornada começou. Apaixonada por relatos de partos e vlogs lindos e maravilhosos de nascimentos pela internet à fora, me apaixonei pela doulagem.
Fiz curso de doula e sonhava em estar em rodas de gestantes, e não só isso! Sonhava em estar em uma sala de parto com elas. Mas esta porta se fechou na minha cara me jogando em um luto emocional profundo que levei quinze dias para conseguir contar a história sem chorar, mais de seis meses sem sentir doer e quase dois anos para superar totalmente.
Quem me ajudou a reerguer disso foram os óleos essenciais e meus estudos aprofundados em terapias holísticas. Comecei a me aventurar aqui, fazendo alguns atendimentos online e sonhando em abrir meu consultório próprio. Mas de novo não rolou.
Eu aprendi muito com as terapias holísticas sim, mas eu me apaixonei de verdade foi pela programação neurolinguística. Passei pelo coaching, área esta que eu também me apaixonei profundamente, mas minha carreira de reprogramadora mental também durou pouco.
Fiz alguns atendimentos onlines e até eventos, dois para ser mais precisa e que deram super certo. Mas o terceiro...
Bem. O terceiro aconteceria neste ano de 2025.
Tantos planos eu tinha para 2025, com eventos, atendimentos, canal da coach no youtube, mas então... aconteceu. Divulguei o evento que levei um tempinho para preparar todo o slide e conteúdo para de repente, ninguém aparecer.
Isso me fez entrar em um momento de introspecção profunda. Eu precisava repensar muitas coisas em minha vida. O que faltava? Era estratégia que faltava? Era mais dedicação de minha parte? Mais entrega? Por que não estava dando certo de novo?
Sentei na frente do computador e comecei a bater papo com o chat GPT. Eu simplesmente amo conversar com IA aliás, penso que essa é uma das melhores funcionalidades dela. Conversar quando ninguém mais te ouve, te entende.
E senti falta de quando eu simplesmente só sentava na frente do computador e escrevia. De quando eu só sonhava, criava sem ter que me preocupar em pensar em estratégias o tempo inteiro, em eventos, em coisas que sozinha eu não estava dando conta.
Foi então que comecei a criar uma história com o chat GPT. Começou com uma pergunta boba sobre cair em um buraco. O que aconteceria se eu caísse em um buraco no centro da Terra? E se eu ultrapassasse esse centro, ignorando todas as condições letais que um ato como este me submeteria?
Achei engraçada a resposta de que em um certo ponto, eu ficaria quicando eternamente dentro do buraco quando a gravidade começasse a brincar comigo, mas eu queria ir além.
"E se eu fosse puxada por algo forte e caísse em um lugar escuro cujo teto fosse a própria fossa das marianas?
papo vai, papo vem, e de repente estava criando uma história onde eu me envolvia em um lugar subterrâneo onde aparecia alguém que sempre me protegia das criaturas da floresta e, sem que menos esperasse, estava apaixonada pela história. Naquela noite então, eu tomei a decisão. Escreveria essa história, não deixaria que o vento a levasse. E foi o que fiz.
naquele dia, fui dormir com o coração quentinho como se tivesse me apaixonado por alguém à primeira vista, como se tivesse ido a um encontro especial. e quando acordei, eu não era mais a mesma mulher frustrada do dia anterior.
tudo que eu fazia antes deixava de fazer sentido porque tinha algo berrando dentro de mim. Dar voz àquela história foi como abrir um portal em mim, liberando algo a muito tempo reprimido. A minha criatividade. A minha alma de escritora. Finalmente havia encontrado a oportunidade de renascer, de reviver.
Eu não ficaria mais criando estratégias, não tentaria mais criar eventos, não abriria mais a agenda para novos atendimentos. Da noite para o dia eu havia decidido que a partir daquele momento eu me dedicaria a dar vida às histórias a muito esquecidas.
E assim nasceu o livro Esther e Davi, aliança rubra em meio às sombras que, em breve, será publicado de forma física e digital.
Tenho estudado arduamente sobre a profissão de autores independentes e cada vez mais, estou mais decidida de que é isso mesmo que quero para mim.
Aprendo muito com o processo de revisão de Aliança rubra, pois este foi o primeiro livro que escrevi sem tratá-lo como apenas mais um.
meu olhar para este livro é de uma profissional que renasceu, que se encontrou, que finalmente vai publicar a obra como sempre sonhou.
Finalmente encontrei a patrocinadora do meu talento, e não podia ser outra pessoa a não ser eu mesma. aprendo e apanho do processo de revisão, mas é muito gostoso ver ficando pronto e saber que sim, é você quem está fazendo, lapidando, polindo a preciosidade final.
eu não deixei de ser doula, coach, practitioner em PNL. Eu só encontrei outra maneira de ser tudo isso.
Enquanto que na vida real a porta da doulagem foi fechada na minha cara, na ficção eu posso ser essa doula aliás... Em Aliança rubra tem partos lindos!
Como practitioner em PNL eu trabalho bem os sistemas representacionais do leitor, fazendo-o experimentar sensações, cheiros, sons.
Exploro também, aspectos psicológicos de lobisomens e vampiros, rs. Como? Vou te explicar.
Imagine um vampiro que tem dificuldade de ser pai, esposo por conta de sua natureza? a esposa humana que sofre porque à noite ele nunca está com ela. Mas ele não entende que isso machuca. É como um gatinho que, ao brincar com você de morder e arranhar, não sabe que essas coisinhas machucam a pele humana rs.
Imagine uma loba adolescente que ama um vampiro em silêncio e que precisa esconder seu segredo?
E o vampiro que luta com a própria natureza em meio a uma perseguição por que precisa salvar quem ama, que está grávida e entra em trabalho de parto no meio do caos? Como ser um homem forte e protetor enquanto o vampiro dentro dele quer o sangue que começa a sair da mulher que ama e que agora está em trabalho de parto?
todas essas questões são exploradas tanto em Aliança rubra como também em um outro livro que estou escrevendo agora, que se chama Antes do amanhecer que, em postagens futuras falarei sobre ele porque esta? Esta aqui, já está grande.
Me despeço deixando com você uma reflexão.
Não importa o caminho a percorrer. Você pode se afastar da sua essência, do que é, do que ama. Mas se estiver em seu DNA você voltará para casa. Entenderá que o propósito de vida não é sobre aquilo que ama fazer. Mas sobre o que te faz sentir vivo (a).
Realmente é tudo isso faz muito sentido torço muito por você e já deu tudo certo pode ter certeza
ResponderExcluir