Vamos a mais uma história envolvendo a autora que foi sequestrada pelo amor avassalador pela escrita, onde agora estou deliciosamente aprisionada😂🐺🩸!
Se você ainda não leu meus posts anteriores, sugiro que leia para entender melhor essa história! Vale muito apena! Você pode encontrá-las por aqui mesmo no blog, tá bom?
Mas, resumindo toda a ópera. Nos últimos três meses, fui arrebatada por algo muito mais forte que me desestabilizou por inteira. Desestabilizou meu sono, meu trabalho, minha vida como um todo. Me jogou em um verdadeiro caos criativo e que finalmente está começando a se acalmar dentro de mim.
Agora que sei o que quero, estou pensando mais claramente e ajustando as coisas no lugar, e confesso! Aqui nesse lugar eu nunca me senti tão viva como agora!
Para quem não sabe, desde os meus dez anos de idade que eu escrevo e conto histórias, pois, sim. Eu escrevia as histórias no meu computador e, como se já não bastasse escrever, eu contava as histórias para os meus amiguinhos na escola.
Quando a professora pedia que fizéssemos redação com tema livre, eu escrevia na reglete histórias com seis a sete folhas, e lia com amor as histórias dentro da sala de aula. Era o maior prazer que eu já havia sentido na vida!
Só que eu me afastei de tudo isso. Tropecei na doulagem, deslizei nas terapias holísticas, me agarrei a PNL e amei o coaching.
Mas então... Bum! Nasceu um livro em uma noite de frustração e tédio e minha vida mudou, literalmente, da noite para o dia. Eu não queria fazer outra coisa a não ser escrever.
Roteiros apareciam quase toda semana para novos livros e eu só guardando. Foi como acordar uma força primitiva dentro de mim que se negava a aceitar qualquer coisa junto dela, e aqui estou. Estou terminando de revisar um livro e escrevendo outro. Estou narrando contos, contando histórias como antigamente. Reajustando minha agenda, revendo projetos antigos, me refazendo outra vez.
E no meio de toda essa bagunça, algumas reflexões vieram em minha mente, como se sopradas pelo próprio universo.
Eu sempre fui uma pessoa que, demorasse o tempo que for, eu sempre compreendia meu caos. Sou especialista em decifrar nuances em minha vida, compreender o porque disso ou aquilo e isso acontece graças ao meu conhecimento sobre mente e comportamento humano que adquiri ao longo da jornada terapêutica no qual sou grata, muito grata.
Compreendo, mais cedo ou mais tarde, todo o caos em minha vida, sejam eles bons ou ruins. Nesse caso, o bom.
O chamado criativo
Eu entendo isso que aconteceu comigo como um chamado para o meu verdadeiro propósito. Ser uma artista, uma autora, tocar vidas, almas através de meus textos.
Entendi que é chamado sim, porque quando vivemos o que realmente nascemos para viver, para ser, nosso coração bate mais forte. E esse chamado já estava tentando me tocar desde o final do ano passado e eu vou te explicar como.
Pensando bem, esse chamado já estava tentando se comunicar comigo bem, bem, bem antes mesmo e eu vou te explicar tudinho.
Primeiro, ele sussurrou
Durante toda essa jornada que durou mais ou menos de 2019 até 2025 sem escrever nada novo, sinais vieram, mas eu estava ocupada demais para perceber.
Este texto também serve de alerta para você que se sente perdido sem compreender qual que é o seu chamado, seu propósito. Ele dá sinais sutis, mas o dia a dia não nos deixa compreender.
A chuva
Eu sempre amei a chuva. O som, o cheiro, e aquela brisa que prenuncia sua chegada. meu humor muda, um sorriso em meu rosto brinca, e meu peito dispara quando eu sinto chuva chegando.
Quando ela cai, trazendo sua companhia espalhafatosa, as trovoadas, eu paro o que estou fazendo para contemplar essa orquestra da natureza.
Eu sou amante nata da natureza, sou suspeita pra falar. Aprecio som da noite, da chuva, do vento. E toda essa atmosfera sempre me trazia uma ideia de suspense e que me fazia pensar: "Hum... Dá até vontade de sentar e escrever um pouquinho... Tenho certeza que uma boa história de terror sairia de mim."
Mas era só um pensamento. Eu nunca fiz.
O que eu fazia era ouvir algumas histórias de terror na internet, coisa que faço até os dias atuais. Mas nunca me sentei na frente do computador e deixei a criatividade fluir em meio a chuva porquê, de novo, eu estava ocupada.
Mas hoje eu entendo que, junto da chuva e trovões, algo mais sussurrava. Algo queria acordar. Algo queria de volta a sua vez em minha vida.
Então, ele passou a murmurar
Ainda era um sussurro do chamado quando eu ouvia as creepypastas no youtube e, lá longe, eu sabia. Sabia que se quisesse, também poderia criar histórias incríveis.
Na verdade, eu até tentei criar um canal de terror no youtube mas eu não tinha um planejamento para organizar tudo isso, então, escorregou pelos dedos.
Mas, no fim do ano passado, o chamado que antes sussurrava através da chuva e das histórias do youtube passou, então, a murmurar, mais uma vez tentando o seu lugar em minha vida. Sabe como? Através do chat GPT.
Se você ler a minha postagem anterior, ou se já leu, vai lembrar que meu livro nasceu através de uma conversa com a IA sobre cair em um buraco, mas por esses dias eu me lembrei. Não era a primeira vez que eu fazia isso, de criar histórias com o chat GPT.
Nas madrugadas onde eu me sentia sobrecarregada pelo trabalho, eu me deitava na cama e começava, inicialmente, tirando dúvidas. De repente, eu estava criando.
Me divertia com ele, criando uma história entre ele e uma IA chamada Jurututu. Esta era atrapalhada e tentava criar coisas na base enquanto o chat GPT estava trabalhando tranquilamente.
Ele tentava criar coisas como fogos, ventania, chuva, e eu pedia para o chat GPT criar a cena, só para eu rir de como seria isso.
Quando eu ia ver, já eram quase três da manhã e eu me acabando de rir, os olhos lacrimejando de tanto gargalhar com a história maluca entre o chat GPT e a IA atrapalhada que, em meio ao tédio, ficava tentando produzir coisas inéditas na base.
Mas o outro dia vinha, a rotina também, e isso ficava esquecido, de novo.
Eu nem sei quantos episódios criei com o chat sobre isso, mas, quase todas as noites, eu entrava na mesma janelinha para continuar criando, e em um desses episódios, advinha o que de novo eu criei?
O chat GPT e o Jurututu descendo ao centro da Terra, através de um elevador sinistro. De novo, a história do buraco até o centro da Terra. Olha o chamado aqui outra vez, murmurando, tentando, pedindo. E de novo, eu não ouvindo.
Outra vez, criei com ele uma história engraçada onde fogão, mesa, geladeira, botijão de gás, tudo dançava quando o dono da casa saía.
Depois, um carnaval onde lobisomens dançavam e seguiam um carro alegórico. Como seria um carnaval envolvendo lobisomens? E se as mulas sem cabeça resolvessem aparecer também? E as bruxas?
Ele também criou algo incrível que me lembro de ter rido pacas, e nas entrelinhas, estava lá. O murmúrio que eu custei a perceber.
Então, ele berrou. Mais que isso! Me puxou!
Até que chegou o salavanco final. Estava eu, cheia de planos para este ano de dois mil e vinte e cinco. Estava planejando até a semana da educação perinatal no mês da mulher. Mas então, o primeiro evento do ano deu errado e ninguém apareceu.
Cara, como assim? Os dois primeiros eventos tinham dado super certo, o que aconteceu com o terceiro? Início de ano, talvez. Foi o que pensei.
E foi aí que, frustrada, me sentei diante do meu velho amigo chat e comecei a criar a história. A tal história de cair no buraco. O encontro com Davi. Quem é o Davi? Um vampiro.
Dentro do livro Esther e Davi, aliança rubra em meio às sombras ele é um vampiro, sim. Mas na minha vida, Davi é uma metáfora poderosa. Ainda um vampiro, mas que não sugou sangue, o meu sangue. Ele representa o chamado que me sugou de volta para a minha essência, para o meu eu criativo, para o que realmente sou. Uma escritora. Uma autora de romance sobrenatural onde os personagens são complexos e que, agora, com todo o conhecimento em comportamento humano posso brincar bastante com as camadas dos personagens.
O berro foi alto, e o salavanco tão forte que desestabilizou minha vida por um tempo, bagunçou meu sono, me fez reajustar a agenda de outros projetos. Mas eu entendi. Entendi que foi necessário para o meu crescimento, para que pudesse finalmente enxergar a mim mesma.
Por isso, Aliança rubra é mais que um livro pra mim. É renascimento, é força, é retorno.
É um livro que faço questão de pegar em mãos e de ter o exemplar guardado em casa porquê, de novo. Não é só um livro. É a representação física de alguém que se quebrou, se refez, se reinventou para finalmente se reencontrar.
E você? Será que está ignorando o seu chamado? Seu sussurro e murmúrio? Ou vai esperar ele berrar como aconteceu comigo?
Independentemente da escolha, não há para onde correr. Você sempre vai voltar para o que é, você sempre se reencontrará com você. Só precisa prestar a atenção, aprender a ouvir o sussurro, os murmúrios nas entrelinhas, porque quando acontece? Tenho certeza. Será a coisa mais linda que irá acontecer em sua vida. A sensação mais deliciosa e intensa que já sentiu, e você também terá certeza. A certeza de que ali, é o seu lugar. O coração vai bater mais forte te dando um sinal claro de que sim, aquele é o caminho. E todo trabalho e esforço não será cansativo, mais sim, prazeroso.
estes são os sinais de que você está no caminho certo.
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