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O dia em que Minha filha nasceu

Era para ser mais um dia comum para Eduardo, que acordava às quatro da manhã para ir trabalhar. Ele trabalhava como porteiro em uma loja e pegava às sete e ia até às quatro da tarde.   Aquele era para ser apenas mais um dia. O despertador tocou, Eduardo tomou um banho, se arrumou e saiu pelas madrugadas escuras onde só a sintonia dos grilos e os cachorros latindo ao longe podia ser ouvido àquelas horas. E o que era mais comum, os grilos e os cachorros, nada mais. Mas, naquela madrugada foi diferente para Eduardo. Lá estava ele, andando ouvindo a sintonia dos grilos e dos cachorros quando ele ouve um som diferente. Era um gemido. Um gemido de mulher. Ele ficou assustado e ao mesmo tempo sentiu medo, mas apesar do gelo na espinha ele parou e prestou mais atenção. Era um gemido ofegante de quem estava sofrendo. Eduardo, apesar de estar sentindo medo, ele era um homem corajoso e, se tratando de uma mulher, seu coração falava mais alto.   Então ele foi andando em direção àquele gem...

O veterinário

  Numa pequena cidade, morava um homem muito conhecido por todos. Seu Daniel era um bom homem, trabalhava bastante e era muito sozinho. Mas, para apartar a solidão, ele tinha Leôncio, seu cachorro de estimação. Leôncio era um vira-lata bem esperto que sempre acompanhava seu Daniel onde quer que ele fosse e, também, era bem conhecido na área por viver acompanhando seu dono e por sempre esperar por ele no mesmo horário em que ele chegava do trabalho.   A rotina de seu Daniel era acordar cedo, alimentar seu cachorro e sair para o trabalho, voltando às 4 da tarde, e sempre que voltava, lá estava Leôncio lhe esperando sentado na varanda. Ele chegava, tomava banho e já levava seu cachorro para passear. Voltavam para casa às oito da noite, isso quando seu Daniel não parava no bar de seu Osvaldo para tomar uma cerveja. E enquanto ele bebia sua cerveja, lá estava Leôncio, sentado em seus pés, esperando o dono para voltarem para casa.   Até que numa certa vez, foi morar ali próximo...

Voltas que a vida dá

  Aline chegou em casa cansada depois de mais um dia de trabalho. Ela trabalhava em uma loja como atendente. Ganhava pouco,, mas era o que tinha para o momento.   Aline, ao entrar em casa, percebeu que seu marido ainda não tinha chego: "Pobre Sérgio! ainda está trabalhando duro para trazer para casa o pão de cada dia!" era o que ela pensava ao perceber que o marido estava ausente. Ela então, entra no quarto e pega uma roupa para tomar um banho, e então ela se lembra de uma coisa. Sérgio estava de folga. Então, onde ele estaria? Bem, deveria estar no mercado.   Aline tomou seu banho e foi para a cozinha. Colocou um frango para assar, e fez um refresco para o marido quando ele chegasse. Ela arrumou a cama e parecia estar bastante feliz naquele dia, até mais do que o comum.   Dez da noite e o jantar já se encontrava pronto. Aline forrou a mesa com toalha vermelha e colocou uma música bem baixa. O clima estava bem romântico e ela parecia ansiosa para que ele chegasse. El...

Amigos e colegas

O verdadeiro amigo é aquele que chega junto em todos os momentos. O colega, é aquele que só chega quando você tem dinheiro pra gastar juntamente com ele.   O amigo verdadeiro é aquele que zoa bastante, brinca contigo e te faz sorrir, mas nas horas difíceis, ele também está lá para te consolar e te falar umas verdades que às vezes você precisa ouvir. O colega é aquele que brinca contigo, e nos seus momentos de alegria se mostra e até se diz ser o seu melhor amigo. mas na hora do aperto, ele nem te liga para saber se está tudo bem.   O amigo verdadeiro é aquele que acredita na sua versão quando surge aquelas fofocas que muita das vezes são capazes de terminar com uma amizade quando esta não é verdadeira. O colega, nessas horas é o primeiro a te virar as costas e se ajuntar com seus inimigos para te criticar e te julgar.   O colega te dá bom dia, boa tarde e boa noite. o amigo, é para toda hora. Colegas, você pode ter um milhão que vivem a sua volta, rindo e se divertindo ao...

O viajante

  certa vez, um viajante estava dirigindo pelas ruas escuras de uma cidade que ele nem sequer conhecia direito. Cansado de dirigir, e já com bastante sono, ele começou a circular pelo local à procura de algum hotel onde ele pudesse se hospedar.   Depois de muito circular e não encontrar, o viajante começa a ficar desanimado, mas ele sabia que precisava procurar porque ele não queria ficar parado no meio do nada dormindo em seu carro.   Então, depois de muito dirigir, ele viu uma luz ao longe e, pensando ser um hotel, ele dirigiu até lá, mas tamanha foi a sua surpresa ao ver que se tratava de uma casa. A surpresa foi devido ao local onde aquela casa se localizava. Era uma casa na beira da estrada, onde até o tráfego de carros àquela hora da noite era pouco.   O viajante, já cansado resolve parar o carro e andar até a casa. Pelo fato de ter luz acesa, ele achou que tivesse alguém acordado, então ele resolveu bater na porta. Bateu, e olhou o relógio. Ficou sem graça ao ...

Aquele dia

  Já era tarde da noite quando Jaqueline voltava de mais um dia de aulas na faculdade. Todos os dias ela pegava às sete da noite e largava às onze e quarenta. O trajeto até sua casa dava para fazer  a pé mesmo, levando de uns cinco a dez minutos andando. Porém, existia um atalho que encurtava mais o caminho, e o que são cinco a dez minutos andando passa a ser dois, no máximo três minutos. Porém, esse atalho era cortando uma estrada de terra, cercada por árvores e um mato muito denso. De dia, era bem confortável passar por ali e ouvir o canto dos pássaros e apreciar o verde das matas. Mas, durante à noite, aquele local passava a ser tocaia de bandidos ou até mesmo, animais grandes que poderiam rondar a mata pelas altas horas da noite.   Jaqueline temia aquele lugar. Vivia dizendo que nem morta ela tomaria aquele atalho. Preferia andar os cinco minutos do que cortar caminho por um lugar tão perigoso e sombrio.   Numa certa vez, Jaqueline estava super indi...

Opiniões e realidades vivenciadas pela Tatá

  Ontem, o blog completou uma semana de vida. Eu até ia fazer uma postagem de uma semaninha do blog, mas ontem estava um dia tão entediante que eu acabei por dormir a tarde depois do almoço, quando acordei comecei a escrever minha série e me esqueci de postar algo no blog. E como se já não bastasse tudo isso, ainda fiquei sem internet à noite, na hora em que eu me lembrei de postar algo, então eu disse, pronto, é pra eu não postar mesmo. Mas agora eu estou aqui, firme e forte para postar sobre o que eu ainda não sei, mas vamos tentar descobrir?   Bem, eu já falei aqui sobre perguntas frequentes feitas a um deficiente visual, já falei sobre andar sozinho, já contei como eu comecei a descobrir que eu gostava de escrever, já falei do Enem, sobre o que mais eu poderia falar? Lembrando que, o quadro perguntas frequentes será atualizado quando alguém mais me fizer, durante o meu dia a dia, alguma pergunta interessante ou se alguém que tiver lido e tiver alguma curiosidade resolver s...

cuidado com quem você leva para dentro de sua casa

  Era tarde da noite quando, bastante embriagado, Rodrigo saiu da festa com uma mulher loira, corpo de violão e cabelos lisos e longos. Ela era, sem dúvidas, uma mulher linda. prostituta a qual Rodrigo levou para dentro de sua casa, sem nem sequer ter conversado um pouco com a moça. Depois de uma longa noite de bebedeiras, ele só queria encerrar tudo aquilo com um maravilhoso momento de prazer.   Chegando em casa, Rodrigo mal pôde esperar para levar aquela mulher linda para dentro de seu quarto. Jogou-a na cama e, depois de satisfazer todos os seus desejos, os dois adormeceram em um sono profundo.   Porém, Rodrigo acordou algum tempo depois, e assustou-se por ainda estar de madrugada. Achou estranho porque tanto ele quanto a moça havia bebido demais, e era para ele ter apagado. Sim, ele apagou, mas acordou pouco tempo depois com a sensação de que o quarto estava gelado, como se um ar-condicionado estivesse ligado com a temperatura muito baixa. Ele achou estranho, pois, er...

Perguntas frequentes feitas às pessoas com deficiência visual

  Muita gente me pergunta como é que eu faço para estudar. Uma pergunta comum e compreensível, até. Uma vez me perguntaram como eu sonho. A pergunta é um tanto interessante. Já me perguntaram como eu faço para vestir a roupa do modo certo, se eu tomo banho sozinha, muita gente não tem noção de como é a vida de um deficiente visual, mas calma, eu vou contar. Como você estuda?   Quando eu estudava em um colégio adaptado, que tinha toda uma estrutura para receber pessoas com deficiência visual, eu recebia materiais didáticos, livros, e a atenção dos professores era toda voltada para nós. Tínhamos deveres de casa, e aprendíamos como qualquer outra pessoa. Um colégio só para cegos não significa exclusão da sociedade, porque viver em sociedade, vivemos o tempo todo. Estamos em contato direto com as pessoas quando saímos na rua, quando vamos a uma festa, apenas não enxergamos. O fato de existir um colégio só para cegos significa necessidade. É necessário haver um colégio com ensino a...

Sobre o que escrevo?

  Bem. Como eu já havia dito em uma outra postagem, eu gostava muito de escrever histórias de terror. Gosto até hoje, mas agora, o que eu mais escrevo são livros de romance que envolvem, principalmente as favelas, tráfico, crimes e tudo mais. Um exemplo disso é a série Romance bandido, que estou escrevendo. Ela é dividida em várias etapas. A primeira história, Romance bandido, conta toda uma história, de uma mocinha que se apaixonou por um cara todo errado, que vivia nas bocas de fumo sustentando seu vício e, claro, não deixava de ser um criminoso. Porém, ele se apaixona por ela e tudo mais. Acontece um bocado de coisas na história que é bem longa até que ela chega ao fim, como qualquer outra história, né?   mas, o que chegou ao fim foi aquela história. No Romance bandido (Reflexos do passado), acontece diferente. Esse livro é dividido em três etapas. Consequências, que mostra como estão os personagens depois da primeira trama, como estão vivendo, coisas assim. A segunda etapa...

alterações em meu blog

Bom dia amigos! Algo está diferente em meu blog, não é mesmo? Então. Eu mudei o nome do blog para pensamentos da tataescritora para blog da tataescritora. Eu fiz essas mudanças para dar uma visão muito mais ampla do verdadeiro objetivo desse blog.   O objetivo é dar dicas para pessoas com deficiência visual e passar a elas minhas experiências vividas. Nada melhor do que uma deficiente visual para poder relatar suas experiências, não é mesmo? O blog não acabou, continua o mesmo, só está com um nome que eu achei mais específico para ele, ok? Este será o oficial. Compartilhe o artigo com seus amigos, ajude a divulgar o blog para que outras pessoas possam ver, visitar o blog e compreender como é a vida de uma pessoa com deficiência. Mostrarei realidades vividas por nós e, de vez em quando, mostrarei o que sei fazer, que é escrever contos. Claro, todos também são livres para interagir comigo, me perguntar coisas e sugerir que eu fale de algum determinado assunto. Vamos acabar com esse t...