Agora, vamos sair um pouco do amor, do propósito, e vamos falar de prática.
Antes de te falar sobre minha motivação por vampiros, tem algumas coisas que preciso te contar. Terror, sempre foi minha praia.
Sempre gostei de histórias assombradas, desde a infância.
Eu ouvia a história da chapeuzinho vermelho, os três porquinhos, a bela adormecida, mas, para falar a verdade, eu não achava graça.
Com a chapeuzinho vermelho, eu sempre imaginei algo mais sombrio acontecendo com ela enquanto ela andava na floresta cantando aquela musiquinha, mas a história era sempre a mesma.
No fundo, de todas as histórias infantis que me contavam, eu sempre esperava algo mais. Um bicho mais feio, um horror mais atraente. Eu sempre quis ouvir terror.
Até a internet chegar à casa das pessoas e o uso se tornar cotidiano e necessário. Comecei a acompanhar no youtube com dezoito anos.
Antes, quando a internet era apenas via chip dentro de um modem, um dispositivo que parecia um pen drive que você espetava no computador, eu passava horas e horas em um site, lendo e caçando histórias de terror para devorar. Achei muitas, e ficava até tarde lendo.
Fiquei encantada ao descobrir os canais, e consumi muito desse conteúdo, e ainda consumo, agora com mais fácil acesso.
Mas, minha história com vampiros é recente, e não veio inspirado de nenhum clássico. Não veio de Crepúsculo, não veio de nenhum lugar que as pessoas normalmente pensariam que vem minhas inspirações sobre o assunto.
Talvez seja por isso que meus vampiros são inteiramente brasileiros e cheios de camadas emocionais.
Mas afinal, de onde vieram os vampiros da Thai?
Eu me lembro que, durante a minha jornada por sites lendo histórias, acho que só li uma de vampiro, onde uma, atraía um cara para algum lugar e, em um momento quente e íntimo, acabou com a vida dele.
Não dei muita bola no início, e continuei lendo as outras.
Quando fui para o youtube, os lobos passaram a me chamar muito a atenção, mas não qualquer história de lobos.
Amava ouvir histórias, relatos, de lobisomens que invadiam casas, armavam emboscada para pessoas voltando por um atalho na floresta, um horror que eu amava sentir. E assim foi, por longos dez anos até vampiros aparecerem com mais frequência, se misturando aos lobos nas histórias que eu ouvia.
Dois canais do youtube, minhas maiores fontes de inspiração
Em 2024, conheci dois canais no youtube que eu fiquei viciada, amando acompanhar. São eles:
Eu me lembro que, quando eu ouvia esses canais, e outros, eu sempre me pegava pensando na época em que eu escrevia também.
Era para esses lugares que eu ia quando estava frustrada ou cansada de não estar conseguindo os resultados que gostaria com as terapias. Ali, eu me perdia. Ouvia histórias que, caramba! Eu demorava para dormir. Não por medo. Mas porque eram intensas demais, aquele tipo de história que te faz ficar pensando nelas o tempo todo e te deixa inquieta.
Devorava as séries no início da noite, varava quase à madrugada. Percebia que, perto de histórias eu era mais feliz.
eu quase parei de ouvir quando notei aquele romance ali, quando notei aquele vampiro. Mas, aquele mistério dele, aquele enigma me fez sentir algo bom, pela primeira vez.
A história evoluiu de um romance para um cenário apocalíptico, pois o vampiro vingativo provocou um caos lá, rs. Mas ficou por isso mesmo. Ficou por isso mesmo até um vampiro me visitar e me trazer de volta a quem sou, na noite de um dia treze de fevereiro.
Eu me lembro até hoje de quando comecei a brincar com o chat GPT. Ele contava uma parte da história, e eu, outra. Tudo em primeira pessoa.
Até o misterioso aparecer. Tapar a boca e sussurrar no ouvido, pedindo silêncio.
O arquétipo que se desembrulhava naquele meu novo personagem então? Um vampiro.
Davi.
As frases misteriosas dele no início da história, o romance, eu me baseei sim, na história que ouvi, pois eu confesso que não sabia muito sobre vampiros, não era meu universo.
Se eu não tivesse ouvido monte Fagaras, talvez eu não teria conseguido desenvolver uma história com vampiros, depois outras, e outras.
Assim nasceu Esther e Davi
Aliança rubra em meio às sombras
Não posso dizer que é meu primeiro livro, pois eu escrevi vários durante a minha adolescência.
Mas posso dizer, com todas as letras, que Aliança rubra é o meu primeiro livro que será publicado. O livro que marcará uma fase em minha vida.
Uma fase de renascimento, cura e reencontro.
Em um outro momento, quero contar para você o que eu tenho aprendido durante o processo de revisão e aprimoramento do livro, pois sim, Aliança rubra não é só um livro.
É minha vida.
É renascimento.
É retorno para casa, e que me ensina passo a passo, a realizar meu sonho de infância, assim como um bebê aprende a sentar, engatinhar, falar, andar.
Estou vivendo isso com Aliança rubra.
Ansiosa para lançar.
Por isso, Jessie e Fatos, obrigada por existir.
Davi, Esther. Obrigada por me resgatar.
Pois agora sim, eu sei o verdadeiro sentido de viver com propósito.
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